Um jornal recebe uma longa matéria paga, assinada pelo dono de uma rede de universidades no Brasil. Trata-se de uma homenagem a um dos seus professores. Pelo tom do texto, o professor morrera, informação que só o último parágrafo confirma. Enternecedor. Um homem rico gasta um bom dinheiro para homenagear um antigo professor de sua instituição. O gesto merece uma reflexão. Ele poderia mandar publicar um retângulo no pé da página com dizeres protocolares ao amigo, mas preferiu uma matéria paga, em forma de anúncio, em que exalta generosamente o homem que se foi. A atitude convida. Nem todos temos dinheiro para fazer publicar uma homenagem num jornal de circulação nacional. No entanto, todos podemos ir ao funeral de um amigo, mesmo que ocorra em hora que não combina com nossa agenda ou em local de sacrificial acesso. Podemos permanecer ao lado da família até o cemitério, a que poucas pessoas vão, sob pretextos que a amizade verdadeira não comporta. Podemos dizer palavras afetuosas que o nosso convívio guardou, destacando as virtudes do morto que pretendemos desenvolver em nós mesmos. Honrar os mortos é verbo que só as almas generosas conjugam. Felizes são aqueles que choram as mortes dos amigos por considerar preciosas as suas vidas (Salmo 116.15). Pr Israel
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