Confesso que sou ateu. Não creio num deus que abençoe negociatas, mesmo que os corruptos e corruptores afirmem que o seu esquema funcione graças a Deus. Não creio num deus que ouça a oração de pessoas que fazem culto enquanto armazenam dinheiro corrupto em malas ou meias. Não creio num deus que seja conivente com igrejas que disputam com outras quem terá mais membros, quem vai abrir mais igrejas, quem terá mais horário na televisão para ficar mais rica e seus seguidores (não de Jesus) mais pobres. Não creio num deus que enriqueça pastores que garantam bênçãos que ele não promete. Não creio num deus que aprecie templos abertos sem alvará, cultos que não respeitem a lei do silêncio, igrejas que não cumprem as legislações posturais e trabalhistas, como se estivessem acima do bem e do mal. Não creio num deus que aceite a bajulação (a que chamam de "louvor") de pessoas que o sigam por causa de um milagre que esperam que ele faça, em forma de dinheiro ou de saúde. Deste deus sou ateu. Não creio no deus das negociatas, da endêmica corrupção, dos sacrifícios que beneficiam donos de igrejas, que abençoa se arrependimento, que protege os desonestos, mas creio em Deus. Creio no Deus que odeia quem toma o seu nome em vão. Creio no Deus que ama os que são puros de coração. Creio no Deus que exige justiça de todos, especialmente dos que usam o Seu nome. Ele mesmo cantou que deseja que a retidão corra como um rio e a justiça role como um ribeiro perene (Amós 5.24). Creio no Deus que desde os tempos antigos determina implacavelmente: "Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno, porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos" (Deuteronômio 16.19). Creio no Deus que, em lugar de oferecer milagres (e ele os faz), nos pede arrependimento, para que vejamos a sua verdadeira glória (Lucas 11.29). Creio no Deus que pede misericórdia para com o próximo e não sacrifícios do próximo (Oseias 6.6). Creio no Deus que aprecia o louvor que venha de lábios cheios do fruto da justiça (Filipenses 1.11). Creio no Deus que deseja que o conheçamos de verdade, razão pela qual se revelou de modo completo em Jesus Cristo (Colossenses 1.19). Neste Deus eu creio alegremente de todo o meu coração, com toda a minha força e com todo o meu entendimento (Mateus 22.37). Sim, creio em Deus de todo o meu coração, com toda a minha força e com todo o meu entendimento (Mateus 22.37). Creio em Deus mesmo que ele não faça o milagre de que preciso. Creio em Deus mesmo que escute a resposta a minha oração. Creio em Deus mesmo que a depressão me ponha na cama. Creio em Deus mesmo que o câncer corroa um órgão do meu corpo. Creio em Deus mesmo que a minha causa justa não prevaleça. Creio em Deus mesmo que o meu casamento acabe por causa de uma traição ou decepção. Creio em Deus mesmo que meus filhos se desviem do caminho em que os ensinei e eu tenha que visitar um deles na prisão. Creio em Deus mesmo que pastores o envergonhem, em troca de poder, dinheiro ou sexo. Creio em Deus mesmo que ele me peça o que eu não lhe queira dar. Creio em Deus mesmo que ele não recompense meus atos de justiça. Creio em Deus mesmo que não valha pena crer nele. Creio em Deus porque creio em Jesus Cristo, que me mostrou quem é o Pai (João 14.9). Creio em Deus simplesmente porque sei, por experiência própria, que Ele é Deus (João 20.28). Creio em Deus porque sei que Ele vive e que, no final, me levantará (Jó 19.25). Pr Israel
1 comentário:
DEUS AMA OS ATEUS: Do seu jeito apaixonado, Deus perguntou a Ben Amitai: - Você me ama? A resposta foi quase indignada: - Tu sabes que te amo. - Então, saia do seu país e vá para aquele que todos os irmãos odeiam. Diga àquele povo que eu também o amo. Atônito, diante do paradoxo, o rapaz respondeu "sim, Senhor" e partiu. A viagem era para ser feita de navio, mas no porto tomou a embarcação para o norte, quando devia ir para o sul. Depois de uma série de estranhos episódios, o trânsfuga retomou o itinerário solicitado. Chegou a Nínive, meses depois, e anunciou, por medo e com má vontade, o amor de Deus, que o povo recebeu com muito prazer. Ben Amitai ficou furioso.
Deus não podia amar aquele povo que não o amava. Deus não podia amar aquele povo que amava outras coisas. Deus não podia amar aquele povo cujos reis eram cruéis com outros povos. Não era justo aquele amor. Definitivamente, aquele povo não merecia o amor de Deus. Cai rapido o pano da cena quando Ben Amitai se lastima: - Que vantagem eu levo em crer? Assim é Deus que estranhamente distribui graça aos que creem e aos que têm outras certezas, aos que confiam e aos que são céticos.
Deus é maior que os nossos conceitos, com seu amor apaixonado, paradoxal, estranho, incrível. Pr Israel
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