Nas últimas semanas, tem-se falado muito da jovem que morreu após ser violada por seis homens num autocarro em Nova Deli. À conta disso, ganhou actualidade inaudita na Índia o tema da violência contra mulheres. Uma das suas versões mais graves é o rapto de adolescentes, por vezes ainda crianças, para fins de tráfico. Num país onde é comum abortar os fetos femininos (embora os ultra-sons sejam ilegais, há pessoal subornável nos hospitais), faltam entre 25 e 30 milhões de mulheres que deviam ter tido direito à vida. Isso cria um problema aos homens em idade núbil, e uma oportunidade de negócio para gente sem escrúpulos. Um caso entre muitos é o da jovem Rukhsana, que agora foi salva pela polícia após uma denúncia. Três homens raptaram-na na rua quando tinha 13 anos. Enviada para um longínquo estado no norte, foi transformada em escrava da família que a comprou - e violada pelo mais velho de três irmãos, que se dizia seu marido. Quando a polícia lá chegou, a sogra do rapaz começou aos gritos. "Não foi rapto! Eu paguei-a!". Rukhsana, pela sua parte, diz que a vergonha pública a impedirá de alguma vez arranjar marido. Tudo o que quer é voltar para a escola que foi brutalmente forçada a deixar. Fonte: Expresso
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