O Dr Paul Brand, missionário e médico que trabalhou na Índia, falou dos leprosos que apresentavam terríveis desfiguração porque as extremidades de seus nervos não conseguiam sentir dor. Quando pisavam o lume, nada sentiam. Nem sequer ao cortar os dedos com uma faca. Por isso, não tratavam das feridas. O que provocava infecções e deformações. O Dr Brand inventou um aparelho que apitava quando em contacto com o lume ou objectos afiados. Na ausência de dor, ele precisava do perigo dos ferimentos. Logo, esses aparatos foram atados aos pés dos pacientes. Tudo deu certo até que eles quiseram jogar basquetebol. Tiravam os aparelhos e magoavam-se constantemente, sem se aperceberem. À semelhança da dor física, nossas consciências alertam de lesões espirituais. Mas o pecado habitual, do qual não nos arrependemos, torna insensível a consciência. Para manter-se alerta, é preciso reagir à dor da culpa legítima por meio da confissão, arrependimento e restituição aos outros. Paulo podia dizer com confiança: "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens". Como ele, não deveríamos nos tornar insensíveis ao lembrete da dor do pecado. Mas permitir que essa dor produza em nós um carácter piedoso. Dennis - Pão Diário