Chamar a Deus e a nós como parceiros desiguais parece brincadeira. Todavia, ao convidar-nos a fazer a obra do Seu reino aqui na Terra, Deus estabeleceu um tipo de parceria ou aliança desequilibrada. Ele nos delega funções que nos permitem escrever a história juntos. Mas a nossa sociedade tem um sócio dominante - é algo semelhante a uma parceria entre a Microsoft e um programador com curso do Ensino Médio. Sabemos exatamente o que acontece quando os seres humanos celebram parcerias desiguais: o parceiro dominante tende a jogar todo o seu peso sobre o subordinado que geralmente permanece calado. Mas Deus, que não tem razão de sentir-se ameaçado por nós, deseja ter uma comunicação sólida e honesta connosco. Às vezes me pergunto por que Deus valoriza tanto a honestidade em nossas orações, ao ponto de suportar explosões injustas? Assusto-me com orações bíblicas que parecem murmurações. Jeremias reclamou a respeito da injustiça (20:7-10); Habacuque acusou Deus por não o ouvir (1:2); Jó admitiu: "...E que nos aproveitará que lhe façamos orações?" (21:15). A Bíblia nos ensina a orar com sincera honestidade. Deus quer que nos aproximemos dele com as nossas necessidades. Se vivermos fingindo sorrir, mas por dentro sangrarmos, desonraremos a nossa parceria. Philip - Pão Diário