Um dos enterros mais difíceis em que preguei foi o de um pastor que se atirou de um prédio. Eu não sabia o que falar diante daquele cenário. Meses depois, a viúva me procurou para me agradecer. Disse-lhe que não a entendia porque eu havia ficado sem palavras naquela ocasião. A senhora respondeu: “Todos me disseram algo, e ouvi muitas coisas esquisitas. Mas o senhor foi o único que me abraçou e chorou comigo”.
Quando damos respostas simplistas ao problema do sofrimento, geramos mais sofrimento em vez de consolar. Um dos reducionismos mais comuns diz que todo o mal que sofremos é fruto de alguma falha nossa em relação a Deus. Como se o viver de acordo com a vontade do Senhor garantisse que tudo sempre dará certo. Devíamos ouvir o conselho de Jó: “Escutem com atenção o que eu digo; essa é a consolação que podem me dar” (Jó 21:2).
Esse homem enfrentava as piores experiências de vida cercado por amigos bem-intencionados, mas que, infelizmente, só faziam aumentar a sua dor. Suas “consolações” consistiam em acusações para tentar provocar “arrependimento” no pecador Jó, conforme interpretavam. No final do livro, eles são repreendidos por Deus por terem um discurso errado diante da situação.
As pessoas que sofrem não querem respostas de nossa teologia brilhante. Elas querem o coração de Jesus em nós. Paschoal - Pão Diário
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