O vício em heroína é corrosivo e trágico, pois gera a tolerância, e doses maiores são necessárias para o mesmo efeito. Logo, a dosagem passa a ser letal. Quando os viciados ouvem que alguém morreu de overdose, seu primeiro pensamento pode não ser o medo, mas “Onde posso conseguir isso?”.
C. S. Lewis alertou sobre isso no livro Carta de um diabo a seu aprendiz (Martins Fontes, 2009), com sua visão criativa à explicação de um demônio sobre a arte da tentação. Inicia com prazer, se possível, com um dos bons prazeres de Deus — e oferece-o da forma que o Senhor proibiu. Quando a pessoa morde, ofereça menos e incite-a a desejar mais. Forneça “um desejo cada vez maior por prazer cada vez menor”, até que finalmente conquistamos “a alma do homem e não lhe damos nada em troca”.
Provérbios 7 ilustra esse ciclo devastador com a tentação do pecado sexual. O sexo é uma boa dádiva de Deus, mas, se o buscamos fora do casamento, somos “como boi que vai para o matadouro” (v.22). Pessoas mais fortes do que nós se destruíram ao perseguir alturas que são prejudiciais, então “preste atenção” e “não se perca em seus caminhos tortuosos” (vv.24,25). O pecado pode ser atraente e viciante, mas sempre acaba em morte (v.27). Ao evitar a tentação de pecar — na força de Deus — podemos encontrar a verdadeira alegria e satisfação nele. Mike Wittmer - Pão Diário
Sem comentários:
Enviar um comentário